Os brasileiros são empreendedores e esse é um fato incontestável que diversas pesquisas nos comprovam. O artigo retrata qual é esse perfil e outros dados de uma pesquisa muito conceituada no Brasil e no Mundo.
O brasileiro é um povo empreendedor! Você acredita nessa afirmação? Quais são os dados e fatos que comprovam isso? Segundo o sumário executivo de 2013 do “Global Entrepreneurship Monitor”, que é um projeto iniciado em 1999 por meio de uma parceria entre a London Business School e o Babson College, hoje com a parceria do Sebrae e coordenação do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), sim, o Brasil é um país de empreendedores.
O projeto tem como objetivo compreender o papel do empreendedorismo no desenvolvimento econômico dos países e hoje se constituí no maior estudo em andamento sobre o empreendedorismo no mundo.
Vamos aos dados do perfil do empreendedor brasileiro:
• As mulheres são a maioria (52,2%). Na região Nordeste há um indicativo de uma pequena maioria de homens (50,9%);
• No Brasil e em todas as suas regiões, a faixa etária onde se observa a maior frequência desses empreendedores é a de 25 a 34 anos (33,1%);
• A maior parte dos empreendedores iniciais brasileiros (50,9%) apresenta níveis de escolaridade menor que segundo grau completo. Merece destaque a região Nordeste, onde 42,1% dos empreendedores iniciais possuem segundo grau completo;
• A grande maioria dos empreendedores iniciais brasileiros provem de famílias com até 4 pessoas (77,2%). Esse fato também se verifica em todas as regiões do país;
• A faixa de renda predominante é de menos de 3 salários mínimos (61,6%). Nas regiões Norte e Nordeste, esse percentual alcança 73,4 e 66,0%, respectivamente;
• A maioria dos empreendedores iniciais é natural da própria cidade (57,5%), aspecto que se repete em todas as regiões;
• O empreendedorismo responde por 20% do PIB brasileiro e 60% dos 94 milhões de empregos estabelecidos;
O estudo ainda afirma que as características recentes da economia brasileira, centrada no aumento do consumo de massa e no mercado interno, favorecem o aumento na quantidade dos empreendimentos, porém esses se caracterizam como sendo pouco inovadores, em atividades econômicas com pequenas barreiras de entrada e com baixa inserção internacional, particularmente de serviços.
Os resultados do GEM 2013 são bastante favoráveis ao empreendedorismo no Brasil. Com o aumento da taxa de empreendedores iniciais, estima-se que 40 milhões de brasileiros, entre 18 e 64 anos estejam envolvidos com a atividade empreendedora. Além disso, verificou-se também o aumento da proporção de empreendedores por oportunidade, o que reflete uma decisão mais planejada em relação à opção pelo empreendedorismo, aumentando a probabilidade de sucesso do negócio. O estudo revelou também que, pela primeira vez no Brasil, a proporção de mulheres empreendedoras superou a proporção de homens (52,2% contra 47,8%). Como oportunidades de melhorias, o estudo revelou os baixos percentuais de novidade nos produtos e serviços, além da baixa perspectiva de geração de empregos nos próximos cinco anos. Apesar disso, o empreendedorismo desfruta de uma excelente imagem no país, dado que a proporção de pessoas que consideram o empreendedorismo como uma opção de carreira é superior a 80%.
Fonte: administradores.com.br