O ato de empreender, por si só, já é muito desafiador. Ele envolve o acúmulo de funções variadas, disponibilidade de tempo, mecanismos de estímulo, entre uma série de outros fatores.
Quando se fala de empreendedorismo feminino então os desafios são potencializados. Isso acontece porque não há, historicamente, os mesmos estímulos direcionados aos homens.
Felizmente essa realidade vem mudando nos últimos tempos. O empreendedorismo feminino tem ganhado força e relevância, não somente no Brasil como mundialmente.
De acordo com relatório especial sobre Empreendedorismo Feminino no Brasil, divulgado em 2019 pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), as mulheres representam 48% dos microempreendedores individuais (MEIs) do país.
Além desse dado expressivo, outros indicadores apontam uma maior participação da mulher na vida econômica brasileira como empreendedora de suas atividades.
Segundo levantamento da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), considerada a principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo, o Brasil ocupou em 2018 a sétima colocação no ranking de países quando se fala em proporção de mulheres à frente de novos empreendimentos.
Apesar dessas conquistas, o caminho do empreendedorismo feminino ainda é cercado de muitos obstáculos e desafios. Quais os principais?
O empreendedorismo por necessidade
Todas as pesquisas mostram que, além de questões sensíveis como a dupla jornada, em que as mulheres precisam conciliar o trabalho em casa com o trabalho formal, o cenário é marcado por uma grande concentração de empreendedoras “por necessidade”.
São aquelas mulheres que buscam empreender como um complemento de renda familiar ou motivadas pelo desemprego.
Em casos desse tipo de empreendedorismo, a tendência é de maiores taxas de mortalidade dos negócios, se for levado em comparação com o empreendedorismo “por oportunidade”.
Muito dessa tendência se explica por questões relacionadas a dificuldades de planejamento, gestão financeira, além de ausência de experiência.
Como muitos negócios no empreendedorismo “por necessidade” acabam surgindo de forma “forçada”, muito mais por sobrevivência do que por um “instinto” empreendedor, a vida útil deles acaba não sendo muito longa.
O desestímulo
Talvez esteja aqui o principal obstáculo enfrentado pela mulher empreendedora. As condições econômicas, sociais e conjunturais no mundo dos negócios costumam prejudicar uma maior ascensão feminina sob a ótica do empreendedorismo.
Diante da pouca diversidade de gênero em cargos altos e de liderança das empresas, muitas mulheres se sentem desencorajadas e desestimuladas a abrir a sua própria empresa. Nesse sentido, o medo de fracassar acaba prevalecendo.
Outro fator determinante de influência nesse desestímulo é a educação desigual de gênero.
Em muitas partes do mundo ainda é elevado o número de mulheres privadas do direito de acesso à educação. Por ser o ambiente mais propício ao desenvolvimento de habilidades pessoais, muito delas, essenciais para o empreendedorismo, a escola acaba se tornando uma realidade distante para muitas jovens.
O sexismo, infelizmente, ainda é outro enorme desafio a ser enfrentado pelas mulheres no mundo dos negócios.
A discriminação baseada nos estereótipos de gênero se manifesta no ambiente corporativo desde a contratação por uma empresa, até o momento de abertura de um negócio.
As mulheres tendem a ter mais dificuldade do que os homens para um simples acesso ao crédito para os negócios, por exemplo.
Isso se deve a alguns aspectos, como a desconfiança de gerentes de banco em relação à capacidade da mulher de gerenciar um negócio, assim como também pode pesar a falta de experiência ou insegurança da mulher em negociar os empréstimos.
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